domingo, 31 de março de 2013

TORÁ UMADÁ: JUDAÍSMO E CONHECIMENTO SECULAR


O Encontro entre o Estudo Religioso e o Conhecimento Secular na Tradição Judaica
Rabino Dr. Norman Lamm, Editora Sêfer, 288 páginas (14x21 cm), ISBN 85-85583-56-8, 2006
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 

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"Ao longo da sua história milenar, o judaísmo tem confrontado uma série de civilizações, cada uma com seus próprios valores e perspectivas. Algumas ele combate e rejeita completamente, e ensina e aprende de outras como resultado de um diálogo frutífero e comummente inconsciente entre elas. Em geral, muitos judeus, oprimidos pela cultura maioritária e não desejosos ou incapazes de permanecer independentemente confiantes como uma minoria religiosa e intelectual, têm assimilado a cultura hospedeira; eles e seus descendentes estão sendo perdidos para sempre para a posteridade judaica. Este fenómeno doloroso vem ocorrendo desde os tempos bíblicos. Contudo, jamais esta confrontação fora tão longa, intensa, complicada e finalmente tão fatídica como a actual – o judaísmo tal como se depara diante da civilização ocidental e todo o complexo da modernidade. Este livro dirige-se a um aspecto deste encontro – até onde este pode ser isolado de toda a matriz de relacionamentos: o aspecto intelectual e educacional. Embora existam muitas formulações deste encontro – o equivalente judaico contemporâneo de "Atenas e Jerusalém" poderia ser "Yeshivá e Universidade" – o termo que iremos utilizar é Torá Umadá: o aprendizado judaico e a sabedoria universal da nossa cultura. Rabino Dr. Norman Lamm
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"Torá Umadá faz uma defesa apaixonada e entusiasmada da inclusão de todas as disciplinas da sabedoria no arcabouço da Torá. Para o leitor que busca uma análise plena e original de reflexão de como o pensamento secular é visto pelos especialistas em Torá, do Talmud até os nossos dias, este volume é instigante e uma contribuição original." Algemeiner Journal "Torá Umadá é uma realização ímpar. Lamm é um erudito refinado e um defensor apaixonado. Ele escreve muito e de maneira muito bela. Mas esta obra é mais do que apenas outro livro. É a declaração mais completa que ele já apresentou de sua filosofia do judaísmo." Jonathan Sacks, Rabino-Chefe da Grã-Bretanha "O Dr. Lamm escreveu um livro notavelmente espirituoso e de uma defesa apaixonada que bebe de uma série extremamente rica de fontes judaicas tradicionais e do pensamento moderno." Rabino Yits'chak Twersky, Professor de Literatura Hebraica e Filosofia da Universidade de Harvard "O Dr. Lamm escreveu uma discussão inteligente e quase sempre incisiva de um tema importante, que confronta e frequentemente divide o judaísmo ortodoxo contemporâneo. Essa questão é uma preocupação perene da filosofia religiosa, mas sua importância tem sido muito aumentada pela secularização moderna e as variadas respostas judaicas a isto." Aharon Lichtenstein, Rosh Yeshivát Har Etsión, Israel
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Sobre o Autor: O Dr. Norman Lamm é um destacado rabino, filósofo, professor, e escritor. Nascido em 1927, no Brooklyn, completou seus estudos escolares na Yeshiva and Mesivta Torah Vodaath. Em 1945 ingressou na Yeshiva College, onde prosseguiu seus estudos judaicos e de química, graduando-se com louvor em 1949. Continuou seus estudos científicos avançados no Instituto Politécnico do Brooklyn simultaneamente com seus estudos judaicos e rabínicos na Yeshiva University de Nova York. Em 1951 foi ordenado rabino e em 1966 foi-lhe outorgado o PH.D. em filosofia judaica. Foi eleito o terceiro presidente da Yeshiva University (1976-2003), sucedendo o Dr. Samuel Belkin (1940-1975) e o Dr. Bernard Revel (1915-1940). Sob sua liderança, houve mais matrículas e os programas académicos foram actualizados, revigorados e ampliados, atingindo 6.400 alunos, além de um aumento significativo do património da instituição. Autor de 10 livros e de um grande número de artigos publicados em revistas e jornais, tem sido amplamente reconhecido por suas obras e discursos sobre interpretação da filosofia e leis judaicas, especialmente em relação a problemas que envolvem ciência, tecnologia e filosofia no mundo moderno. Ao longo dos anos, realizou palestras nos EUA e em uma dúzia de outros países nos cinco continentes. Em Dezembro de 2000 foi condecorado com o 12º Prémio de Jerusalém para Lideranças Comunitárias e Espirituais, graças ao seu avanço em Torá Umadá e pela elevada orientação de diversas gerações de judeus ortodoxos na América. Dr. Lamm é casado com Mindella Mehler, tem quatro filhos e dezassete netos.

sábado, 30 de março de 2013

UMA LETRA DA TORÁ


Uma jornada ao âmago do legado espiritual da religião mais antiga do mundo
Rabino Jonathan Sacks, Editora Sêfer, 288 páginas (16x21 cm, capa flexível), ISBN 85-85583-45-2, 2002 (2ª edição)
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 

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O Baal Shem Tov, rabino do século XVIII que fundou o Chassidismo, comparou o povo judeu a uma Torá via, na qual cada judeu é uma letra do texto sagrado. No pergaminho, uma única letra danificada invalida a Torá. No judaísmo, a ausência ou o afastamento de um único indivíduo faz todo o povo sofrer. O Rabino Jonathan Sachs usa esta metáfora para construir uma argumentação apaixonada em prol da prática religiosa nessa época secular, e nos convida a participar activamente da preservação de uma tradição tão rica e envolvente quanto a nossa. Nunca antes um livro expressou com tanta eloquência o regozijo de ser judeu. Esta é a história da esperança de um homem em relação ao futuro – um futuro no qual a geração dos nossos filhos abraçará com alegria toda a beleza da religião mais antiga do mundo.
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Prefácio do Autor Hoje, em toda a Diáspora, um em cada dois judeus casa-se fora da religião, ou simplesmente não se casa, ou toma a decisão de não formar um lar judaico, ter filhos judeus e dar continuidade à história judaica. Em momentos assim, raros na nossa história, nos deparamos com a pergunta: Quem sou eu e por que devo permanecer judeu? É uma pergunta que nunca pode ser respondida abstractamente. Ela é profundamente pessoal e pede uma resposta pessoal. Este livro é a minha resposta pessoal. Nenhum de nós pode responder em nome de outra pessoa. Mas, às vezes, saber o que outros pensavam sobre o assunto ajuda, e por isso decidi publicar o livro como uma carta aberta à próxima geração. Escrevê-lo acabou por tornar-se uma jornada de descobrimento. Todas as vezes que perguntei não "O Quê?", mas "Porquê?", encontrei o judaísmo a revelar-se aos meus olhos de uma forma que jamais vira. Por esta razão, no coração da história que tenho para contar está a minha própria teologia do judaísmo, algo que eu nunca havia escrito antes. Quanto mais eu me aprofundava no mistério que envolve a sobrevivência do judaísmo, mais nitidamente percebia a originalidade, a precisão, a pura sanidade de sua visão do mundo e da humanidade, e de como ela é pouco compreendida por nós mesmos e por outros, mesmo hoje em dia. Precisamos voltar aos nossos textos. A crise é criativa. Ao contrário do que acontece em períodos mais calmos, ela permite-nos encontrar uma antiga herança de uma nova maneira. Ofereci o primeiro exemplar deste livro ao no nosso filho Joshua e à nossa nora Eve no dia do seu casamento. É o meu presente a eles. É também um tributo ao meu pai, de abençoada memória, e ao que aprendi com ele. Este é o meu Yizcor, a prece que faço em sua memória. Porque quando os judeus se lembram, eles o fazem em nome do futuro, o lugar onde, se formos fiéis, o passado nunca morre. Rosh Chodesh Elul, 5760
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Sobre o Autor: O Rabino Jonathan Sacks é, desde 1991, Rabino-Chefe da Grã-bretanha e Comunidade Britânica. Educado em Cambridge e Oxford, leccionou em universidades e liderou congregações na Inglaterra, em Israel e nos Estados Unidos. Autor de vários livros, entre eles "Arguments for the Sake of Heaven" e "The Politics of Hope", ele vive em Londres, Inglaterra.

sexta-feira, 29 de março de 2013

OS PORQUÊS DA TORÁ


Alfred J. Kolatch, Editora Sêfer, 416 páginas (14x21 cm, brochura), ISBN 85-85583-57-6, 2004
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 

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Embora a Torá, composta pelos cinco primeiros livros da Bíblia, seja o objecto mais amado e celebrado no judaísmo, sua origem Divina ainda é questionada. Muitos se perguntam qual é a fonte desse documento sem igual que existe há 3500 anos? Quais são as origens das incontáveis leis, costumes e tradições que determinam seu texto e sua leitura? Por que judeus ortodoxos e não ortodoxos seguem certas práticas de maneiras diferentes? Nesta obra, o rabino Alfred J. Kolatch segue a mesma fórmula bem sucedida de perguntas e respostas que criou para o Livro Judaico dos Porquês e sua sequência, o Segundo Livro Judaico dos Porquês, ambos publicados no Brasil pela Editora Sêfer. O rabino Alfred J. Kolatch não apenas dá respostas, mas também explica os diversos rituais e procedimentos referentes à Torá do modo como são observados hoje em dia. Como se escreve uma Torá no pergaminho? O que são Notas Massoréticas? Por que certos textos são escritos de determinada maneira e lidos de outra forma? Qual o critério para se deixar certos espaços no texto? Qual a ligação entre os textos lidos dos profetas a cada semana com a porção semanal da Torá? Por que a Torá foi outorgada no Monte Sinai e não em Israel? Estas e muitas outras dúvidas são respondidas de forma concisa, objectiva e acessível a todos os leitores, de leigos a eruditos e pesquisadores. Afinal, "Esta é a Lei que Moisés pôs diante dos filhos de Israel, de acordo com o Eterno, por intermédio de Moisés". Jairo Fridlin
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Sobre o Autor: O Rabino Alfred J. Kolatch é formado pelo Seminário para Professores e pela Faculdade de Ciências Humanas da Yeshiva University, foi ordenado rabino pelo Jewish Theological Seminary of America, recebendo em seguida o Título Doutor Honoris Causa em Teologia. De 1941 a 1948 exerceu a função de rabino nas congregações de Columbia, Carolina do Sul, Kew Gardens e Nova York, e como rabino do exército dos Estados Unidos. Em 1948, fundou a Jonathan David Publishers, onde ocupa o cargo de director-presidente. Entre suas inúmeras obras publicadas destacam-se: The New Name Dictionary, The Jewish Home Advisor, The Jewish Child's Book of Why, Our Religion: The Torah, Jewish Information Quis Book, Who's Who in the Talmud, The Family Seder e The Complete Dictionary of English and Hebrew First Names. Em Português foram lançados: Livro Judaico dos Porquês, Segundo Livro Judaico dos Porquês, Os Porquês da Torá e Estórias da Bíblia para Crianças, pela Editora e Livraria Sêfer.

A SABEDORIA DA ALMA


Dáat Tevunót
Rabino Moshe Chaim Luzzatto, Editora Sêfer, 192 páginas (14x21 cm, brochura), ISBN 85-85583-85-9, 2008
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Nesta brilhante obra, o Rabino Moshe Chaim Luzzato revela, sem sombra de dúvida, sua profunda sabedoria. Conceitos básicos sobre judaísmo são tratados de forma concisa e, ao mesmo tempo, profunda. O autor conseguiu explicar em "Dáat Tevunót" porque um mais um é igual a dois. Após sua leitura, você, leitor, verá o mundo por um prisma completamente renovado. Imagine-se apreciando uma obra de arte mas entendendo realmente o que é arte! Nesta grande obra, o autor trouxe à tona a verdadeira forma de apreciar a maior de todas as obras de arte – o nosso Universo. "A Sabedoria da Alma" não é um livro somente de leitura, mas, sim, um livro de estudo no qual é importante reler os conceitos algumas vezes, até que você interiorize seus ensinamentos, pois há nele muitos conceitos da Cabalá e da filosofia judaica. Rabino Chaim Vital Passy
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Sobre o Autor: O Rabino Moshe Chaim Luzzatto, o "Ramchal", assim conhecido por suas iniciais em hebraico, foi uma das figuras mais extraordinárias da história judaica. Nascido em Pádua, na Itália, em 1707, revelou ainda criança sua verdadeira genialidade no estudo da Torá. Aos 11 anos de idade, já dominava totalmente o Talmud e, aos 14, escreveu seu primeiro livro. Também muito jovem, aos 13 anos, mergulhou no estudo da Cabalá a partir das obras do Ari ZA''L, e seu talento fez com que se tornasse um dos grandes cabalistas de todos os tempos. Como havia ocorrido séculos antes com Maimónides, também o Ramchal foi um dos eruditos mais polémicos e discutidos de sua geração. Sua extrema capacidade, especialmente no campo do misticismo judaico, chegou a levantar desconfiança entre os estudiosos, pois vivia-se a época posterior à dos falsos messias, e as desastrosas deturpações espirituais que produziram ainda traziam à tona a profunda cautela da comunidade rabínica. A natureza inovadora e rica do seu trabalho provocou que um sábio da época escrevesse aos rabinos de Ancona, para que investigassem o Ramchal "da cabeça aos pés", pois havia sido informado de que ele, o Ramchal, receberia mensagens de um Maguid (anjo) que, por sua vez, lhe revelaria segredos místicos. As sanções da comunidade rabínica local contra o Ramchal acabaram tornando-o objecto de um "Cherem" (carta de excomunhão). Nesta situação dolorosa e injusta, ele deixou Pádua e seguiu para Amesterdão, esperando encontrar um ambiente receptivo às suas ideias e ao seu trabalho. Apenas mais tarde se tornaria claro que o alto rabinato da Itália e de alguns outros países europeus havia se deixado tomar pelo medo frente à postura inovadora do Ramchal, e que, na verdade, ele era um ilustre estudioso que viria a iluminar o caminho de gerações futuras. Com o tempo, a verdade emergiu mais forte do que nunca, e o Ramchal foi consagrado como um dos sábios mais importantes de todas as gerações. Seus livros – entre os quais se destacam "O Caminho de Deus" e o "Caminho dos Justos" – são tratados até hoje como fontes de referência no estudo da Torá. Como muitos dos líderes da história judaica, o Ramchal acalentava o sonho de morar na Terra de Israel, para poder se aproximar ainda mais de Deus. E assim fez, indo morar para a cidade de Aco. Porém, três anos depois de sua chegada, faleceu precocemente aos 39 anos de idade, sendo enterrado na cidade de Tiberíades, ao lado do túmulo do Rabi Akiva.

quinta-feira, 28 de março de 2013

SALMOS


Vitor e Jairo Fridlin, David Gorodovits, Editora Sêfer, Edição em 2 formatos:
Salmos - Hebraico e Português (de bolso) - 464 páginas (10,5x14 cm, capa dura), ISBN 85-85583-25-8, 2000 (4ª edição)
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Salmos - Com Tradução e Transliteração - 464 páginas (14x21 cm, capa dura), ISBN 85-85583-20-7, 199 (4ª edição)
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 

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Do Prefácio: «… Partindo de uma tradução literal, consultámos obras de nossos grandes comentaristas (relacionados no livro) para não nos desviar, em momento algum, de seu significado pleno, e tentámos reescrever a obra de David em português. Se a inspiração que moveu o Rei David a nos legar este monumento conseguir atingir nossos corações e as mentes destes meninos judeus que pretendem voltar para casa, e ajudá-los a recuperar sua herança espiritual, já nos sentiremos recompensados. Possa o Eterno nos abençoar e nos conduzir pela vereda da Vida a uma existência plena de estudo, oração e Maassim Tovim, boas atitudes. Que uma Teshuvá completa seja alcançada por cada um de nós. Para que a ética, a prática da nossa religião e seus valores humanitários, a dedicação ao trabalho inspirador e criativo que sempre caracterizou o povo judeu e sua contribuição para o bem-estar dos seres humanos nos permitam constituir uma das parcelas positivas capazes de mudar o destino da Humanidade, dividida e cheia de ódios, desentendimentos, preconceito e incompreensão, para conquistar seus opostos: a compreensão e a paz. Para que, afinal, penetre em nossos corações o significado do Salmo 19 como exemplo dos demais:
"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento atesta a obra de Suas mãos. Um dia ao seguinte transmite esta mensagem, uma noite à outra a comunica.
Não é linguagem humana, não há palavras, e som algum é percebido, mas por toda a terra ressoa o que dizem, e até aos confins chega Sua mensagem;
Para o sol assentou Deus no céu uma tenda; ele é como o noivo que sai da câmara nupcial, e como um herói ansioso para percorrer seu trajecto. Parte de um extremo dos céus e atinge o outro, e nada escapa de seu calor.
A Lei do Eterno é perfeita e reconforta a alma; verdadeiro é o testemunho do Eterno, que torna sábio o mais simples.
De absoluta rectidão são os preceitos do Eterno e trazem alegria ao coração; límpido é o mandamento do Eterno, que ilumina o olhar.
Puro é o temor do Eterno e perdura para sempre; verdadeiros são os julgamentos do Eterno, todos igualmente justos. São mais desejáveis que o outro, que o ouro mais refinado; mais doces que o mel que se forma nos favos.
Teu servo se esmera em cumpri-los e sei que grande é a recompensa por sua observação. Mas quem consegue discernir seus próprios erros?
Purifica-me das faltas involuntárias que não percebo.
Preserva-me também dos pecados conscientes, para que não dominem; serei então plenamente íntegro e estarei inocente de grandes transgressões.
Possam as palavras de minha boca e a prece de meu coração serem aceites por Ti, ó Eterno, minha Rocha e meu Redentor."
Elul 5759, Agosto 1999.
David Gorodovits, Vitor Fridlin e Jairo Fridlin »

SÊFER IETSIRÁ – O LIVRO DA CRIAÇÃO


Teoria e Prática
Rabino Aryeh Kaplan, Editora Sêfer, 384 páginas (14x21 cm, capa flexível), ISBN 85-85583-32-0, 2002 (3ª edição)
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Para muitos, a palavra Cabalá encerra, por si, a experiência mística por excelência. Mas a verdade é que muitos livros modernos sobre o tema pouco iluminam seus antiquíssimos e mágicos aspectos. Nesta tradução do Sêfer Ietsirá, tido como o mais misterioso de todos os textos cabalísticos, o Rabino Aryeh Kaplan traz à luz implicações teóricas, meditativas e mágicas. Ele explora a dinâmica do domínio espiritual, os mundos das Sefirot, das almas e dos anjos. Quando plenamente compreendido, o Sêfer Ietsirá torna-se o manual de instruções para um tipo muito especial de meditação que tem o propósito de fortalecer a concentração e auxiliar no desenvolvimento de poderes cinéticos e telepáticos. A função destes poderes era ajudar os estudiosos da Cabalá a alcançarem feitos que aparentemente envolviam alguma espécie de magia. A Cabalá mágica é intimamente ligada à Cabalá da meditação, e se utiliza de vários sinais, encantamentos e nomes Divinos através dos quais seria possível influenciar ou alterar eventos naturais. Esta tradução inclui as cinco dimensões da meditação, a transição de Biná para a consciência de Chochmá, o ponto para o infinito, astrologia cabalística, a visão de Ezequiel de acordo com o Sêfer Ietsirá, e o mistério dos 231 portões. Também faz parte desta edição uma compilação dos comentários mais importantes sobre o texto do Sêfer Ietsirá, e a relação de muitos dos grandes trabalhos cabalísticos que o abordam, bem como notas extensas sobre aspectos específicos da obra. A tradução feita pelo Rabino Kaplan baseia-se na versão chamada "Gra", tida como a mais autêntica. Inclui a versão resumida, a versão longa e a versão de Saádia Gaón, fazendo da obra a mais completa editada até hoje.
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Sobre o Autor: O Rabino Aryeh Kaplan foi um mundialmente famoso erudito da Torá que produziu mais de cinquenta livros em sua breve vida, entre eles: Sêfer Ietsirá; Meditação e Cabalá; Imortalidade, Ressurreição e Idade do Universo (editados pela Sêfer); Meditation and Bible; e O Bahir (editado pela Imago). As obras de Kaplan incluem comentários e traduções de antigas e obscuras obras de eruditas bíblicos e cabalistas, assim como livros aconselhando jovens judeus sobre os méritos do estudo e observância da Torá. Durante um período foi editor da revista Jewish Life, traduziu um enorme comentário sobre a Torá da autoria do Rabino sefaradi Iaacov Culi e produziu uma original tradução/comentário dos Cinco Livros de Moisés, que chamou de Torá Viva. Aryeh Kaplan nasceu no Bronx, Nova Iorque, estudou na Yeshivá local e continuou sua educação em Yeshivot de Israel. Durante um tempo entrou no campo da ciência e foi, por um breve período, o mais jovem físico empregado pelo governo dos Estados Unidos antes de devotar sua vida ao estudo da Torá. O Rabino Aryeh Kaplan faleceu aos 48 anos, em 1983.

LIVRO JUDAICO DOS PORQUÊS


Alfred J. Kolatch, Editora Sêfer, 346 páginas (14x21 cm, capa flexível), ISBN 85-85583-04-5, 1998 (5ª Edição)
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Este best-seller explora cerca de 500 questões básicas sobre o judaísmo. Em uma linguagem simples e directa, o rabino Alfred J. Kolatch explica em que os judeus acreditam, como eles observam as suas festividades, qual é o significado dos seus costumes e cerimónias, e quais as diferenças entre as correntes religiosas. Entre as perguntas respondidas encontram-se:
  • Porque um filho de pai judeu não é necessariamente judeu?
  • Porque os Meninos são circuncidados?
  • Porque se quebra um copo na cerimónia do casamento?
  • Porque porco e camarão não são casher?
  • Porque os judeus comem guefilte fish no Shabat?
O Livro Judaico dos Porquês traz uma importante contribuição para desmistificar muitos dos mal-entendidos e conceitos erróneos que envolvem a observância judaica. Tanto os judeus como os não judeus acharão este livro esclarecedor.
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"Ao longo dos anos, Têm surgido diversos livros que descrevem a vida judaica – suas leis, seus costumes e suas cerimónias. A maioria se dedica a uma exposição de regras de conduta mas poucos, se é que algum deles, dedicam-se a explicar o porquê de certas leis, costumes e cerimónias. O Livro Judaico dos Porquês não aconselha aos judeus como conduzir suas vidas. Ele não é um livro de Halachá – de lei judaica. Este livro tem como único intuito explicar o raciocínio existente por trás dos costumes seguidos." Alfred J. Kolatch
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Sobre o Autor: O Rabino Alfred J. Kolatch é formado pelo Seminário para Professores e pela Faculdade de Ciências Humanas da Yeshiva University, foi ordenado rabino pelo Jewish Theological Seminary of America, recebendo em seguida o Título Doutor Honoris Causa em Teologia. De 1941 a 1948 exerceu a função de rabino nas congregações de Columbia, Carolina do Sul, Kew Gardens e Nova York, e como rabino do exército dos Estados Unidos. Em 1948, fundou a Jonathan David Publishers, onde ocupa o cargo de director-presidente. Entre suas inúmeras obras publicadas destacam-se: The New Name Dictionary, The Jewish Home Advisor, The Jewish Child's Book of Why, Our Religion: The Torah, Jewish Information Quis Book, Who's Who in the Talmud, The Family Seder e The Complete Dictionary of English and Hebrew First Names. Em Português foram lançados: Livro Judaico dos Porquês, Segundo Livro Judaico dos Porquês, Os Porquês da Torá e Estórias da Bíblia para Crianças, pela Editora e Livraria Sêfer.

MASMORRAS DA INQUISIÇÃO


Memórias de António José da Silva, O Judeu (Romance Histórico)
Isolina Bresolin Vianna, Editora Sêfer, 144 páginas (14x21 cm, brochura), ISBN 85-85583-07-x, 1997
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Embora classificado como romance Masmorras da Inquisição – Memórias de António José da Silva, o Judeu, apoia-se sobre factos e documentos históricos, entre eles os autos do processo de António José. Nada foi inventado ou falsificado. O que ali está é a triste e dura verdade configurada naqueles depoimentos, todos verdadeiros na sua essência. É verdade que um gesto de amor livrou-o da morte infamante pelo garrote e da tortura da fogueira inquisitorial, como é verdade que ele sempre foi muito amado, querido e admirado, mas, infelizmente, também muito invejado, uma das causas prováveis da sua injusta morte. António José da Silva, o Judeu, foi uma das mais ilustres vítimas da Inquisição, sacrificado pela "culpa de não ter culpa".
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A Ficção histórica não antagoniza os factos históricos, ao contrário, desperta o interesse, mobiliza as atenções e abre caminhos para novas pesquisas e descobertas. A peça teatral "António José, ou o Poeta e a Inquisição" de Domingos José Gonçalves de Magalhães (1983) abriu o caminho para o romance histórico "O Judeu" de Camilo Castello Branco (1866), que estimulou a publicação de uma parte da documentação inquisitorial do comediógrafo brasileiro (Revista do IHGB, Tomo LIX, 1896) que, por sua vez, levou Teófilo Braga, o primeiro Presidente da República Portuguesa, ao opúsculo "O Mártir da Inquisição Portuguesa" (1910). António Baião avançou com novas pesquisas em "Episódios Dramáticos da Inquisição Portuguesa (2º volume, 1924) que, finalmente, desembocaram no trabalho seminal de J. Lúcio Azevedo, em "Novas Epanáforas" (1932). A listagem, evidentemente incompleta, não poderia deixar de registar a narrativa dramática de Bernardo Santareno, "O Judeu" (1968), a monumental pesquisa académica de José de Oliveira Barata, "António José da Silva, Criação e Realidade" (1983) e o filme "O Judeu" de Jom Tob Azulay (1988-1996). Ao longo da história da cultura percebe-se, nítida, uma interpelação e interlocução entre narração e conhecimento, entre facto e ficção, entre criação e realidade que, longe de se excluírem, acrescentam-se num processo vital, de grande riqueza. Esta memórias ficcionais, "Masmorras da Inquisição", da historiadora Isolina Bresolin Vianna, são o mais novo elo de um fertilíssimo encadeamento que está longe de ser concluído. Alberto Dines, autor da monumental obra "Vínculos do Fogo", Companhia das Letras, 1992.
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Sobre a Autora: Isolina Bresolin Vianna nasceu em Piratininga (São Paulo) em 1927. Doutorou-se pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus (Bauru – SP) por delegação da USP. Sua tese "António José da Silva, o Judeu e as Obras do Diabinho da Mão Furada", que originou o presente livro, foi apresentada no I Congresso Internacional sobre a Inquisição, promovido pela FFLCHC da USP, em Maio de 1987, e na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal), em Outubro de 1991. Ocupa a cadeira 12 na Academia Bauruense de Letras.

quarta-feira, 27 de março de 2013

PARA CURAR UM MUNDO FRACTURADO


A Ética da Responsabilidade
Rabino Jonathan Sacks, Editora Sêfer, 360 páginas (16x23 cm, capa flexível), ISBN 85-85583-86-6, 2007
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A única coisa que se iguala ao fundamentalismo do ódio é um contra-fundamentalismo de amor. O Rabino Jonathan Sacks é uma das maiores autoridades contemporâneas em moral e autor de Uma Letra da Torá, publicado no Brasil pela Editora Sêfer. Um dos conceitos mais característicos e polémicos do judaísmo é sua ética da responsabilidade. Porque recebemos a dádiva da liberdade, é nosso dever honrar e engrandecer a liberdade dos outros. Nenhuma outra geração foi tão estimulada a acreditar que a única fonte de significado é a satisfação das necessidades individuais. O Rabino Sacks mostra aqui o profundo engano contido nessa crença. A ética diz respeito à vida que vivemos em conjunto, ao bem que só existe quando compartilhado. A argumentação construída pelo Rabino Sacks expõe a dimensão do seu comprometimento com a condição humana e reflecte a riqueza do seu conhecimento. Ele fala de Sigmund Freud ou Karl Marx com a mesma autoridade com que cita e comenta a Bíblia Hebraica (Tanach). Para Curar um Mundo Fracturado é seu chamado à sociedade para que caia em si, para que volte à razão.
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O Mundialmente reconhecido Rabino-Chefe Dr. Jonathan Sacks tem voltado a sua atenção à responsabilidade e ética judaicas. Através de histórias sobre pessoas normais que agem com um diferencial humano singular, ele explica o poder, a responsabilidade e as origens das boas acções pelas várias perspectivas do judaísmo. De acordo com o Rabino Sacks, Deus criou o mundo imperfeito para que nós terminássemos Sua obra. Ao nos presentear com esta linda obra, certamente o Rabino está a fazer a sua parte. Por esta razão, é um prazer e uma honra apoiar a publicação deste livro em português e participar da grande aventura intelectual e emocional contida nessas páginas. United Medical
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"Ser humano significa ser consciente e ser responsável." Viktor Frankl "Quando eu era jovem, queria mudar o mundo. Tentei, mas o mundo não mudou. Tentei mudar a minha cidade, mas a cidade não mudou. Tentei mudar a minha família, mas a minha família não mudou. Então, eu soube: primeiro, eu deveria mudar a mim mesmo." Rabino Israel Salanter
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Sobre o Autor: O Rabino Jonathan Sacks é, desde 1991, Rabino-Chefe da Grã-bretanha e Comunidade Britânica. Educado em Cambridge e Oxford, leccionou em universidades e liderou congregações na Inglaterra, em Israel e nos Estados Unidos. Autor de vários livros, entre eles "Arguments for the Sake of Heaven" e "The Politics of Hope", ele vive em Londres, Inglaterra.

MEDITAÇÃO E CABALÁ


Teoria e Prática
Rabino Aryeh Kaplan, Editora Sêfer, 364 páginas (16x23 cm, capa flexível), ISBN 85-85583-50-9, 2005
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 

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Meditação e Cabalá demonstra claramente como muitas técnicas meditativas consideradas hoje avançadas já eram usadas pelos antigos cabalistas judeus. A obra apresenta-as detalhadamente e explora seu desenvolvimento com rara profundidade. A Cabalá está dividida em 3 áreas distintas: a teórica, a meditativa e a mágica. Enquanto inúmeros livros exploram seu aspecto teórico, é praticamente impossível encontrar alguma obra em português que fale dos métodos meditativos desta escola milenar, quase secreta. Este livro revela, pela primeira vez, a metodologia dos antigos cabalistas com ênfase nas técnicas meditativas desses gigantes espirituais da humanidade. O Rabino Aryeh Kaplan oferece uma lúcida apresentação dos mantras, mandalas e demais dispositivos usados por esses grupos, assim como interpretações profundas sobre seus significados à luz das pesquisas contemporâneas sobre a meditação. Além disso, Meditação e Cabalá brinda os leitores com relevantes e amplos trechos de obras cabalísticas milenares, entre elas o lendário "Zohar – O livro do Esplendor", "Os grandes Hechalot" (texto básico da escola da Mercabá), "Vida do Mundo futuro" de Abraham Abuláfia, "Portões da Santidade" de Josef Gikatalia, alguns "Portões da Inspiração Divina" da escola luriânica, textos secretos de grandes cabalistas e os mais relevantes textos dos mestres chassídicos sobre devoção e meditação – todos inéditos em português! O livro investiga a intrigante possibilidade – sugerida pelo Zohar – de que as técnicas meditativas orientais seriam derivadas das técnicas místicas dos profetas da Bíblia Hebraica. Sobre o Autor: O Rabino Aryeh Kaplan foi um mundialmente famoso erudito da Torá que produziu mais de cinquenta livros em sua breve vida, entre eles Meditation and Bible, Sêfer Ietsirá – O Livro da Criação e O Bahir. As obras de Kaplan incluem comentários e traduções de antigas e obscuras obras de eruditas bíblicos e cabalistas, assim como livros aconselhando jovens judeus sobre os méritos do estudo e observância da Torá. Durante um período foi editor da revista Jewish Life, traduziu um enorme comentário sobre a Torá da autoria do Rabino Sefaradi Iaacov Culi e produziu uma original tradução/comentário dos Cinco Livros de Moisés, que chamou de Torá Viva. Aryeh Kaplan nasceu no Bronx, Nova Iorque, estudou na Yeshivá local e continuou sua educação em Yeshivot de Israel. Durante um tempo entrou no campo da ciência e foi, por um breve período, o mais jovem físico empregado pelo governo dos Estados Unidos antes de devotar sua vida ao estudo da Torá. O Rabino Aryeh Kaplan faleceu aos 48 anos, em 1983.

Ensinar o HOLOCAUSTO no Século XXI


Jean-Michel Lecomte, prefácio à edição portuguesa por Esther Mucznik, Via Occidentalis Editora (Portugal), 232 páginas, ISBN 978-972-8966-15-7, 2007, nas livrarias.
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Publicado no âmbito do projecto do Conselho da Europa intitulado "Aprender a ensinar a História da Europa do séc. XX", este livro de Jean-Michel Lecomte dirige-se, em especial, aos professores, e procura adaptar a forma de ensinar a História aos desafios que a modernidade lhe coloca. 
Recomendado pelo Conselho da Europa e com prefácio da prestigiada investigadora em assuntos judaicos, Esther Mucznik, esta obra de Jean-Michel Lecomte procura reflectir sobre o importante lugar do ensino do Holocausto, num quadro de ressurgimento do anti-semitismo em algumas partes da Europa, da acessibilidade de sites negacionistas na Internet e da posição isolacionista actualmente adoptada por alguns dirigentes políticos europeus, que fazem desta temática um assunto que ultrapassa largamente os limites da História enquanto disciplina escolar. Baseado em trabalhos de autores incontestados como Raul Hilberg, Sir Martin Gilbert, Saul Friedlander e Christopher Browning, e nos testemunhos directos de Primo Levi, Hermann Langbein e de pessoas entrevistadas por Claude Lanzmann, Ensinar o Holocausto no século XXI propõe aos seus leitores privilegiados (público em geral, alunos, pais e professores) um conjunto de conhecimentos únicos, colmatando, em certos casos, a falta de informação sobre esta matéria tão sensível. A abordagem de Lecomte procura alargar a definição do Holocausto para além do anti-semitismo, destacando factos e números relativos às vítimas frequentemente esquecidas: os romenos/ciganos, os homossexuais e as testemunhas de Jeová, e fornece também importantes informações acerca da natureza e a execução do genocídio em diferentes países.
*** Comentário sobre esta obra: "Ensinar o Holocausto no Século XXI" de Jean-Michel Lecomte, com prefácio de Esther Mucznik (Via Occidentalis, 2007) é uma obra de valor pedagógico promovida pelo Conselho da Europa que nos alerta para a importância de cuidar da memória de modo a prevenir a intolerância, a cegueira e a barbárie com que o mundo se confrontou no século XX, num tempo que muitos anunciavam de paz e de entendimento. NÃO HÁ HISTÓRIA MAIS DIFÍCIL… - Hannah Arendt disse que "não há história mais difícil de contar em toda a história da Humanidade" do que a do "Holocausto". E porquê? "Em primeiro lugar pelo sofrimento intenso de um povo, estilhaçando com fragor insuportável os limites do entendimento humano" – diz-nos Esther Mucznik. "Até hoje, o genocídio nazi, programado, sistemático e colectivo permanece para a civilização humana como a referência ética do mal absoluto". Mas como foi tudo isto possível, quando ninguém esperava? E como foi possível que acontecesse a partir de um país de arte e de cultura? O certo é que tudo aconteceu de um modo sistemático e terrível. Daí que a obra agora saída corresponda à procura de uma consciência moral e cívica que possa contrapor o respeito ao ressentimento e a liberdade à servidão. Nesse sentido, o projecto do Conselho da Europa visa "suscitar o interesse dos jovens pela história recente do nosso continente e ajudá-los a estabelecer ligações entre as razões históricas e os desafios com os quais estão confrontados na Europa actual". Está em causa a ajuda à criação de uma identificação europeia, o desenvolvimento da análise crítica, a sensibilização para a importância da diferença e do outro e o encorajamento aos professores para lançarem as bases de "um ensino europeu da história". A dimensão europeia na Educação passa, assim, por um melhor conhecimento da realidade, de tragédia, de diálogo e de conflito, que nos antecedeu, com todas as suas implicações. O estudo da "Shoah" (expressão que significa "catástrofe" e que é utilizada para designar o genocídio perpetrado pelos nazis e seus aliados contra os judeus) e do "Holocausto" (sacrifício) deve, no fundo, permitir-nos ir além das apreciações simplistas ou do mero culto do ressentimento. É essencial entender as fontes da banalização do mal, para que, no futuro, possamos prevenir a sua ocorrência. De facto, entre o excesso de memória e a sua ausência, temos de encontrar um equilíbrio que permita não esquecer, sem fazer da lembrança um motivo de vingança. APRENDER COM OS FACTOS – Ao longo de 50 fichas elaboradas criteriosamente, podemos obter uma informação bastante rigorosa e circunstanciada sobre o judaísmo, sobre a doutrina nazi, sobre os campos de concentração, sobre as perseguições (também dos Rom/Ciganos e dos homossexuais), sobre a decisão de extermínio, sobre as câmaras de gás e a cremação das vítimas, sobre os campos de extermínio (Auschwitz-Birkenau, Belzec, Chelmno, Lublin-Maidanek, Sobibor, Treblinka); sobre os "sonderkommandos" (encarregados das operações nos campos de morte – desde a preparação para as câmaras de gás até aos fornos crematórios); sobre a situação nos diversos países afectados; sobre as reacções dos judeus; sobre "os justos" (que ajudaram o povo judaico durante a Shoah); sobre as opções dos Aliados; sobre o número de mortos (cerca de 6 milhões de judeus); sobre o regresso dos sobreviventes; sobre o silêncio; sobre o revisionismo e o negacionismo; sobre a filmografia do tema e sobre os sítios na Internet. Trata-se de um conjunto de informações sobre o inominável e o injustificável. Como entender tanta cegueira e tanta desumanidade? E como interpretar os resultados da discricionariedade pura? E fica a afirmação de Primo Levi que "menciona um conjunto de 'pequenas razões', pequenas partículas de humanidade que se juntaram e que conduziram à sua sobrevivência – por outras palavras, uma sucessão de pequenos pedaços de sorte, de acontecimentos fortuitos". Por outro lado, fica a realidade insofismável que hoje não pode sofrer contestação: "apesar do reduzido número de sobreviventes, foram registados muitos testemunhos, o que nos leva a considerar por que razão todos contaram o mesmo e por que razão não existem quaisquer provas do contrário". A DIFICULDADE DA MENSAGEM – À medida que o tempo passa, atenua-se, contudo, o impacto do drama real e prevalece a ideia mítica ora dos actos heróicos de resistência ora do carácter difuso da culpa e da responsabilidade. No entanto, mais do que os mitos, o que importa é fixar a actualidade do tema e o risco da repetição de acontecimentos tão terríveis e dramáticos. Daí que nas orientações dadas aos professores, no âmbito deste projecto educativo, haja muitas vezes dúvidas e hesitações sobre a eficácia menor ou maior da utilização de determinado exemplo ou instrumento. De facto, temos de contar com a "dificuldade da mensagem" e com o facto de ela ter tudo a ver com a construção de uma sociedade mais humana, onde os direitos, as liberdades, as garantias e a responsabilidade pessoal têm de ter um lugar cimeiro. E se nos lembrarmos do exemplo de Janusz Korczak no gueto de Varsóvia vemos que o melhor método educativo é o da prática e do exemplo: "desenvolveu um sistema de organização democrática dos orfanatos – as crianças eram tratadas como indivíduos com plenos direitos e tomavam parte na administração da comunidade". DEVER DE MEMÓRIA? - Tzvetan Todorov afirmou que «les enjeux de la mémoire sont trop grands pour être laissés à l'enthousiasme ou à la colère» (Les Abus de la Mémoire, Arléa, 1995, p. 14). Esta é a preocupação fundamental que temos de preservar, a fim de que não haja interpretações unilaterais e abusivas sobre a memória. O dever de memória obriga ao rigor crítico e a prestar justiça – o que também leva à necessidade de compreender as circunstâncias da história para além da vitimação e da ameaça. O entusiasmo e a cólera levam à incompreensão de que a memória se refere à humanidade, e de que, nesse sentido, tem de apelar permanentemente à capacidade de compreender e de nos pormos no lugar do outro. In http://via-occidentalis.blogs.sapo.pt/, Guilherme d'Oliveira Martins

HISTÓRIA DOS JUDEUS PORTUGUESES


Carsten L. Wilke, Edições 70 (Portugal), Colecção Lugar da História, 247 páginas, ISBN 9789724415789, 2009, já nas Livrarias!
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Portugal tem um olhar único sobre a história judaica. No imaginário nacional, o judaísmo pertence não apenas à sua tradição cultural, mas também à sua genealogia. Na época medieval, os monarcas portugueses garantiram aos judeus mais protecção e segurança do que qualquer outro país europeu. A entrada de Portugal na era moderna fez-se, porém, no decurso de um processo de «cristianização» violenta de toda a sua vasta comunidade judaica, e os descendentes desta, quando não puderam, ou quiseram, sobreviver como judeus no exílio, misturaram-se em grande número ao resto da população. Os que se exilaram e vieram a fundar, ou desenvolver, dezenas das mais dinâmicas comunidades judaicas do mundo moderno, nem por isso deixaram de reivindicar além-fronteiras a identidade contraditória de «judeus do desterro de Portugal». Há mais de um século que esta história complexa e absolutamente singular apaixona estudiosos dos mais variados ramos do saber, dentro e fora de Portugal. E se hoje os aspectos parcelares de dois milénios de civilização judeo-portuguesa estão amplamente estudados, são também dos mais mal resumidos, o que explica que sejam tão mal conhecidos fora dos círculos especializados. A presente síntese vem colmatar essa lacuna.
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Sobre o autor: Carsten L. Wilke é doutor em Estudos Judaicos pela Universidade de Colónia e estudou na Escola Prática de Altos Estudos de Paris. Foi professor nas universidades de Heidelberg, Düsseldorf e Bruxelas, e é actualmente investigador no Instituto Steinheim de História Judaica Alemã, em Duisburg. Autor de numerosos livros e artigos, Carsten Wilke tem-se dedicado ao estudo das transformações vividas pelo judaísmo europeu, desde o criptojudaísmo do Renascimento ibérico até o modernismo rabínico do século XIX.

DICIONÁRIO DO JUDAÍSMO PORTUGUÊS


Coordenação de: Lúcia Mucznik, José Alberto Tavim, Esther Mucznik e Elvira de Azevedo Mea, Editoral Presença (Portugal), 584 páginas, já nas Livrarias!
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O Dicionário do Judaísmo Português tem o objectivo de reunir e divulgar de forma sintética o conhecimento actual sobre a presença judaica em Portugal e dos judeus de origem portuguesa no mundo. O universo da obra tem como marcas temporais o estabelecimento de judeus no território que é hoje Portugal, desde o século V até ao presente, passando pela diáspora que os levou aos quatro cantos do mundo. Os artigos são da responsabilidade de mais de sessenta especialistas. Inédita em Portugal, é uma obra ao mesmo tempo rigorosa, abrangente e de fácil consulta, simultaneamente um instrumento de referência para os investigadores e de divulgação para o público em geral.
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Factos e histórias sobre a presença judaica em Portugal reunidos num dicionário completo. Qual a origem do termo «sefardita»? E o que significa? O que é o marranismo e quando surgiu? O adjectivo «marrano» tem uma conotação depreciativa? Quem eram os abafadores a que Miguel Torga se refere em Novos Contos da Montanha? Que língua é o ladino? Sabia que a palavra «alheira» apareceu pela primeira vez dicionarizada, com o sentido que hoje lhe conhecemos, apenas em 1949 apesar de a sua «invenção» já ter séculos? Sabe que o termo mais correcto para designar esse enchido de carne de aves e de pão é «tabafeia»? E que Angola teve vários projectos de colonização judaica, o primeiro dos quais em 1886, e o último em 1938, que propunha salvar milhares de famílias judias a troco de 230 milhões de dólares e que Salazar o recusou a fim de evitar futuras «dificuldades diplomáticas com o Führer»? As respostas a essas e a outras centenas de questões podem agora ser encontradas numa só obra. O Dicionário do Judaísmo Português - trabalho iniciado há cerca de oito anos, segundo os seus coordenadores, e que contou com a colaboração de cerca de 60 especialistas, nacionais e estrangeiros, nas mais diversas áreas do conhecimento - sistematiza a presença judaica em Portugal e a presença e actividade dos judeus de origem portuguesa (à semelhança dos espanhóis, também estes são chamados sefarditas) no mundo. O universo abrangido pelo dicionário vai desde o momento em que há notícia do seu estabelecimento no território geográfico que é hoje Portugal, no século V, até aos dias de hoje, não esquecendo a diáspora dispersa pelo mundo. Há muitas dezenas, talvez centenas, de entradas de carácter histórico (factos e personalidades), e ainda outras tantas sobre rituais, instituições comunitárias judaicas, festas religiosas e um curioso glossário de termos hebraicos. Basta é a bibliografia (académica mas não só) existente sobre os judeus portugueses, mas este dicionário tem a virtude de a sintetizar e em alguns casos a actualizar, proporcionando, não apenas aos investigadores mas também ao público em geral, uma obra de referência até agora inexistente por cá. Para os leitores que se interessarem por assuntos mais específicos, ou que os queiram aprofundar, é apresentada no final de cada entrada a bibliografia essencial. Um trabalho cuja publicação é de saudar. 
In Revista Ler, Jornalista: José Riço Direitinho

ARISTIDES DE SOUSA MENDES


Um Justo Contra a Corrente
Miriam Assor, Prefácio de José Miguel Júdice, Editora Guerra e Paz (Portugal), 176 páginas, Já nas Livrarias! 
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Esta é uma obra de cariz fotobiográfico e documental sobre a figura ímpar de Aristides de Sousa Mendes, a sua vida e o sublime acto de humanismo que protagonizou em 1940 salvando mais de 30 000 pessoas da perseguição nazi. Exibir imagens que ilustram a caminhada pessoal de um homem íntegro e que também comprovam a carreira de um diplomata exemplar, repor a legítima verdade com o auxílio rigoroso de documentos oficiais provenientes do Arquivo Histórico Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros são os elementos que constituíram o propósito da elaboração do livro. E contra factos não há indubitavelmente argumentos. O comportamento reprovável e iníquo que o Antigo Regime reservou à figura de Aristides de Sousa Mendes, após esta edição, ficará sem defesa. Organizado em dezoito capítulos, demarcados desde o nascimento de Aristides de Sousa Mendes até aos dias correntes, com textos de escrita clara e sucinta que aludem cada tema escolhido e que estão devidamente acompanhados por fotos e documentação legendadas, a obra proporcionará aos leitores uma leitura agradável e devidamente fundamentada. A combinação entre as reproduções fotográficas, cópias documentais, peças jornalísticas e testemunhos de pessoas que, em tempo do terror nazi, foram salvas pelo cônsul português, estimulam um ritmo directo e emocionante onde o passado é excedido pelo presente visual. A autora procurou contar uma história. De alguém que esteve acima da força humana. Usando mais provas que palavras. Menos gramática que realidades.
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Aristides de Sousa Mendes foi um desses homens raros. Antes daquela terrível e sublime semana, nada o indiciava como estando destinado a um papel sobre-humano e a uma função heróica. Confrontado com um desafio imenso não fraquejou, como seria compreensível e até normal. Habitado por uma tranquila sensação do dever perante os outros, incapaz de evitar a generosidade e solidariedade humanas, fez o que sabemos: salvou mais judeus do que Schindler e abriu as portas de Portugal para muitos outros refugiados que se seguiram, tornando Portugal no mais improvável dos países para salvar judeus, uma placa giratória da dignidade humana. Os tempos passaram, aqueles não são os tempos actuais e os problemas que afligem a Humanidade são agora outros. Mas não deixam de existir riscos permanentes de cataclismos históricos, pois o ser humano é capaz de himalaias de sublime, mas também de fossas do mindanau do horror. A saga de Aristides de Sousa Mendes deve por isso ser recordada. Pelo que faz pela auto-estima dos portugueses, sem dúvida. Mas sobretudo pelo que tem de exemplar e de inspirador. 
In A Circunstância de um Homem, Prefácio, José Miguel Júdice
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Aristides decide que não pode continuar a viver se não fizer o que a consciência lhe diz que deve fazer, para que aquelas pessoas que ele não conhece e que nunca mais verá não morram num qualquer campo de concentração! Com o apoio incondicional de Gigi, a mãe dos seus catorze filhos, decide desobedecer frontalmente a Salazar, porque esse é o único gesto digno que um filho de Deus pode fazer perante tal calamidade. Hitler, Salazar e outros ficam enraivecidos com tal manifestação de humanidade e bom senso: afinal, ainda há homens bons!? Como é possível? 
In In Memoriam, António de Moncada Sousa Mendes
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Sobre a autora: 
Miriam Assor nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1966, no seio de uma família judaica ortodoxa. Uma visita aos campos de concentração nazis, em 1985, fá-la trocar o curso de Psicologia Aplicada e a cidade pela vida comunitária dos kibbutz e pelo voluntariado, em Israel. Regressa após dois anos e meio e licencia-se. Simultaneamente cursa Comunicação no Instituto de Aperfeiçoamento Acelerado. Prefere não exercer nenhum dos diplomas e ingressa na companhia aérea El Al, onde trabalha durante uma década. Enquanto a rotina assentava no verbo viajar, publica, em 1997, Libi, um livro de poemas. Doze meses volvidos, a escrita voa muito mais alto que os aviões. Torna-se cronista da grande escola de humanismo que foi o semanário O Independente. Desde esse passo, a escrita teima e insiste, e em 1999 edita Sentidos. Coordena, em 2001, Luz, em homenagem póstuma ao seu pai, Abraham Assor, rabino da comunidade israelita de Lisboa durante cinquenta anos, figura decisiva no despertar da sua consciência em relação ao terror do Holocausto. Em 2003 coordena a obra Gueto de Varsóvia e na sequência deste tema é comissária de duas exposições, coincidindo a última, em 2005, com a exposição documental alusiva à vida de Aristides de Sousa Mendes, Registos para a Liberdade, na Casa do Registo, em Lisboa. Crónicas de Táxis, editado em Julho de 2008 pela CSantos VP Concessionário Mercedes, é uma compilação de crónicas publicadas na revista Domingo. Actualmente é jornalista freelancer.

terça-feira, 26 de março de 2013

HAGADÁ DE PÊSSACH


Idealização: Jairo Fridlin, Ilustrações: Ruben Rosemberg, Editora Sêfer, 126 páginas (16x23 cm, brochura), ISBN 978-85-85583-17-0, 1993 (10ª edição)
Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 

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INTRODUÇÃO Um momento especial na vida familiar judaica é a hora do Sêder. Nele, o povo judeu resgata a sua memória tri-milenar e vivencia a época na qual uma grande família conquistou sua liberdade e soberania e passou a conviver no palco das nações no sentido mais pleno. É revivendo os episódios desta saga que culminou no êxodo do Egipto que a família judaica congraça-se e renova sua crença num mundo livre e mais humano, acalentando a chama da tradição e a aspiração messiânica, sob a égide do Estado de Israel e a grande esperança de continuidade depositada nos jovens e crianças do nosso povo. Esta Hagadá, que ora apresentamos, reflecte esse anseio. Dirigida aos públicos jovem e adulto, ela pretende reforçar o elo de ligação entre as gerações, possibilitando a todos acompanhar juntos as sublimes lições que há milénios nossos antepassados revivem nas duas primeiras noites de Pêssach. Através de recursos gráficos sofisticados e uma preocupação constante com a didáctica e a clareza dos textos, esta Hagadá almeja fortalecer a tradição do Sêder nos lares judaicos – de um Sêder com conteúdo religioso, à maneira tradicional. Nesse sentido, esta Hagadá traz, lado a lado, um moderno texto hebraico, sua transliteração (pronúncia fonética), para aqueles entre nós, que ainda não aprenderam o nosso idioma sagrado, sua tradução para o português, tradução esta explicativa, bem acessível e adaptada para a leitura em voz alta, instruções concisas sobre os procedimentos usuais durante o Sêder, tanto para ashkenazim como para sefaradim, e breves comentários sobre alguns trechos relevantes e conhecidos. As ilustrações e todo o colorido pretendem, ao mesmo tempo, encher os olhos das crianças e servir como instrumento didáctico para certas nuances da Hagadá. A sensação do dever cumprido sentiremos se mais chefes de família "ousarem" organizar um Sêder em suas casas e descobrirem quão prazeiroso, fácil e recompensador é para um pai ou uma mãe transmitir eles mesmos aos seus filhos a emoção e responsabilidade de ser judeu. São Paulo, Adar de 5753, Março de 1993 Jairo Fridlin

BEM-VINDO AO JUDAÍSMO


Retorno e Conversão
Maurice Lamm, Editora Sêfer, 464 páginas (16x23 cm, capa flexível), ISBN 978-85-85583-17-0, 1998 (3ª edição)

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O JUDAÍSMO ACEITA CONVERSÕES? SIM, o judaísmo aceita conversões. Embora não seja uma fé proselitista como outras, também não é hermética e inacessível às pessoas sinceras que desejam unir seus destinos a ele. Para tanto, há certas condições e todo um protocolo a ser cumprido. Faltava, sim, um livro em português que desmistificasse o tema e colocasse todos os pontos nos is. O livro traz inúmeros depoimentos de pessoas que passaram pelo processo, descreve-o minuciosamente e apresenta o bê-á-bá do judaísmo para quem vai iniciar esta longa jornada de aprendizado e novas vivências. No final, traz um capítulo especialmente escrito para a edição brasileira a respeito dos "marranos" ou cripto-judeus.
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Este livro trata do processo tradicional de conversão ao judaísmo. Busca desmistificar um antiquíssimo ritual, libertando-o de uma teia de conceitos erróneos popularmente difundidos; procura esclarecer questões que, à primeira vista, podem parecer obscuras ou irrelevantes, e lida ainda com a aplicação da lei nas situações contemporâneas. O que tentei fazer foi iluminar o caminho para aqueles que desejam se tornar filhos de Abraão. "A religião judaica não é simplesmente uma vocação; a conversão ao judaísmo não é apenas uma profissão de fé. A Religião judaica é uma trama de ideias profundas e ricas percepções, que ao longo de sua história gerou as crenças fundamentadas de toda a religião ocidental. Ela é a fonte dos ideais supremos e das mais dignas convicções do mundo o civilizado – entre elas, o conceito de um Deus único; o sistema de jurisprudência; a estrutura da Ética e da moral; a Bíblia e os Profetas; a noção de um livro de preces e de uma casa de orações; numerosas ideias, ideais e instituições e, não menos importante, de uma visão de mundo que tem dominado a cultura ocidental ao longo dos últimos 2500 anos" Maurice Lamm
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Sobre o autor: Maurice Lamm é o autor de Jewish Way in Death and Mourning, Jewish Way in Love and Marriage e The Power of Hope. Ele tem escrito e leccionado incessantemente sobre a ética na Guerra e na paz e sobre questões religiosas no âmbito de sanatórios e doentes terminais. O Rabino Lamm ocupa uma cátedra no Curso Profissionbalizante de Rabinos no Seminário Rabínico da Yeshiva University de Nova York e é presidente do National Institute for Jewish Hospice. Foi rabino-senior da Beth Jacob Congregation, em Beverly Hills, da faculdade do Stern College for Women, e director de Campo dos Capelões Militares do National Jewish Welfare Board.

FRP – A MINHA MEMÓRIA DA INQUISIÇÃO


Alice Lázaro, Editora Caleidoscópio, 336 páginas (brochado), ISBN 978-989-8129-26-0, 2007
A partir de uma memória existente na Torre do Tombo, a autora reconstitui o tempo e as circunstâncias histórico-políticas de Fernão Roiz Penso, homem de negócios muito influente na corte de D. João IV, preso pela Inquisição. O documento fala da sua vivência nos anos subsequentes à Restauração e nos reinados seguintes.
A reconstituição aqui apresentada centra-se num período abrangido, entre 1672 e 1684.
Aborda as relações de poder entre a coroa e a igreja naquele período, em cujos laços o autor do manuscrito acabou por cair, visto ser cristão-novo, nascido em Castela durante a união dinástica e das suas relações particulares, onde se incluem vultos da cultura e da sociedade coevas.
Evidencia propositadamente, os aspectos burocráticos do tribunal do Santo Ofício, para expor o lado político-ideológico da sua acção, contrastante com a atitude esperada numa instituição de carácter confessional, desenvolvido com uma evidente preocupação sobre a intolerância. 
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Sobre a autora:
Alice Lázaro exerceu a actividade de professora de História do ensino secundário durante mais de duas décadas. Durante esse período desempenhou tarefas como orientadora pedagógica de estágio integrado além de se ter dedicado ao estudo e divulgação do património local, tendo sido monitora e formadora de docentes nesta área.
No âmbito do estudo do património escolar – do antigo ensino industrial – fez pesquisa sobre materiais didácticos e actividades docentes, relativas ao último quartel do século XIX, em Portugal de que resultaram os estudos que levaram à sua dissertação de Mestrado em História da Arte, publicada em 2002 pela Câmara Municipal de Coimbra – Património de Coimbra – sob o título: Leopoldo Battistini: Realidade e Utopia – a influência de Coimbra no percurso estético e artístico do pintor italiano em Portugal (1889-1936).
Tem feito contribuições esporádicas com artigos da sua autoria em obras de colaboração, nomeadamente, Dicionário da História dos Descobrimentos Portugueses, direcção de Luís Albuquerque (Círculo de Leitores), em artigos de imprensa periódica e local e em conferências, versando o património e o ensino.
Nos últimos anos tem-se ocupado na investigação de fundos documentais existentes no ANTT (Torre do Tombo). Como resultado desse trabalho minucioso têm vindo a público obras de divulgação desses materiais com a devida contextualização histórica das quais destacamos os três volumes sob o título comum CAVALEIROS DE SANTIAGO SENHORES DA LAGOALVA.

segunda-feira, 25 de março de 2013

NEGÓCIO FECHADO


Parábolas da Cultura Judaica e sua Luz sobre a Arte de Vender
David Godorovits e Silvio Acherboim, Editora Sêfer, 112 páginas (14x21 cm, brochura), ISBN 978-85-85583-43-9, 2002 (3ª edição 2007)

Informações e encomendas através do email  euronigma@sapo.pt 
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Escrever a apresentação de um livro que contém experiências milenares é um convite fascinante. A arte de vender nasceu no seio do povo judeu, no período em que este foi proibido de possuir qualquer tipo de propriedades, como terras para cultivar ou imóveis para trabalhar.
Dizem que os responsáveis pelo grande sucesso dos judeus na arte de negociar são justamente os gentios, que não lhes deixavam outra alternativa de sobrevivência.
Essa proibição transformou os maiores sábios judeus de cada época em hábeis negociantes, que empregavam inteligência e valores éticos para fazer da única alternativa de sobrevivência, a maior oportunidade de crescimento.
Os autores de Negócio Fechado - David Godorovits e Silvio Acherboim - foram extremamente felizes ao escrevê-lo com base nesses ensinamentos que, certamente, provocarão nos leitores e profissionais do ramo uma grande reflexão sobre as suas actividades e um período de mudanças significativas.
Aquele que escolheu vendas como sua profissão, com toda a nobreza que ela carrega, terá neste livro um companheiro permanente, que permitirá que as histórias aqui contidas sejam lidas e relidas sempre, pois, em cada estudo dos textos, uma nova interpretação poderá surgir, permitindo avanços importantíssimos nas estratégias de actuação.
Jack Strauss
Empresário do ramo de varejo, director da empresa Sofá & Companhia e coordenador do PNBE (Brasil)
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Senti-me muito honrado ao ser convidado a escrever a resenha deste livro, cujo conteúdo é a essência de uma cultura de 5769 anos. Na sua introdução, aborda-se a verdade na plenitude de sua nudez, raramente aceita porque tem uma só face: a que nos interessa, e não a que nos expõe.
Fala do pessimismo mas fala, em seguida, de esperança. Este contraste leva-nos a avaliar o que se possuía e o que foi perdido, porém sem jamais duvidar de que a beleza da vida pode sempre ser reencontrada, desde que se tenha dentro de si o Eterno, com a certeza de que a Ele não se pode enganar sem enganar a si próprio.
Este livro enfeixa de forma contundente tudo o que a vida me ensinou, pois, como vendedor de jóias, aprendi a ouvir confissões íntimas sem poder comentá-las; precisei ser solidário sem me tornar cúmplice. Consolidou-se assim em meu espírito o senso ético, e logo aprendi que o “olho no olho” e o aperto de mão sincero valem muito mais do que um contracto formal.
Leia, mas leia com atenção e fique mais atento ainda àquilo que lhe pareça óbvio, porque é no aparentemente óbvio, na simplicidade da frase já ouvida que estão as grandes verdades e ensinamentos que as dificuldades da vida, às vezes até por conveniência, nos fazem esquecer.
Negócio Fechado levou-me a uma deliciosa viagem retrospectiva no tempo, onde naveguei por minha própria vida. Com certeza, fará igualmente bem a você, leitor.
Medite sobre cada detalhe e incorpore à sua alma toda a riqueza e sabedoria que lhe serão proporcionadas. Elas poderão se tornar importantes ferramentas para os seus negócios, para suas actividades. Mas, acima de tudo, farão de você um ser humano mais feliz.
Alencar Burti
Presidente da Associação Comercial de São Paulo e Presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Brasil).
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Sobre os autores:
David Godorovits é natural de Salvador, na Bahia (Brasil), é pós-graduado em Engenharia Civil, com especialização em Física e Administração de Empresas, e actua na área de suprimentos. Mora no Rio de Janeiro há mais de 50 anos e é membro actuante em quase todas as entidades judaicas da cidade, onde encanta os participantes de suas palestras, prédicas e cursos com pérolas da milenar sabedoria judaica. É membro do conselho editorial da Sêfer e participou decisivamente na edição das obras SALMOS, A ÉTICA DO SINAI, TORÁ e O CAMINHO DOS JUSTOS. É casado com a pedagoga Augusta, pai de 3 filhos e 11 netos.
Silvio Acherboim é natural de São Paulo, é filho e neto de comerciantes que imigraram da Bessarábia. Pós-graduado em Administração de Empresas, MBA em Marketing de Serviços, actua directamente em vendas há 20 anos e é director da SMSª Sales & Marketing Solution, onde, através de histórias e textos, procura motivar pessoas a alcançar as suas metas de vida, pessoais e profissionais. É casado e pai de 3 filhos, que são a sua inspiração para viver e… vender.

JUDEUS EM PORTUGAL DURANTE A II GUERRA MUNDIAL


Em fuga de Hitler e do Holocausto
Irene Flunser Pimentel, Editora Esfera dos Livros, 436 páginas + 32 extra textos (16x23,5 cm, brochado c/sobrecapa), ISBN 978-989-626-013-3, 2006
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A partir dos anos 30, com a subida de Hitler ao poder e durante a II Guerra Mundial, Portugal tornou-se num porto de abrigo para milhares de judeus e refugiados políticos que fugiam das perseguições nazis e do Holocausto.
Chegavam por via terrestre, através de Espanha, ou em navios fretados, muitas vezes graças à ajuda de cônsules portugueses, como Aristides de Sousa Mendes, que desobedecendo às ordens do regime e às políticas de restrição de entrada da PVDE, lhes concedeu vistos que significaram a sua salvação.
Sobre a autora:
Irene Flunser Pimentel licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, em 1984. Concluiu o mestrado em História Contemporânea (variante século XX) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a tese Contributos para a História das Mulheres no Estado Novo. As organizações femininas do Estado Novo (Obra das Mães pela Educação Nacional e Mocidade Portuguesa Feminina), 1936-1966. Encontra-se a terminar a tese de doutoramento sobre a PIDE/DGS, polícia política do Estado Novo, entre 1945 e 1974.
·         Retrato humano da passagem dos refugiados judeus por Portugal e a reacção do regime de Salazar
·         Calcula-se que tenham passado por Portugal entre os 50 mil e os 100 mil refugiados
·         Passaram por Portugal alguns «refugiados eminentes» como Saint  Exupéry, HeinrichMann, Marc Chagall e Bela Bartok
·         A autora colabora desde 1994 na revista História, da qual foi directora até 2001
·         Documentação e fotografias inéditas dos refugiados
·         Autora dos seguintes livros: História das Organizações Femininas do Estado Novo, «Textos relativos a Portugal» in Contai aos Vossos Filhos. Um Livro sobre o Holocausto na Europa, 1933-45

SONDERKOMMANDO



O Depoimento único de um judeu forçado a trabalhar nas câmaras de gás
Shlomo Venezia, Editora Esfera dos Livros, 208 páginas (16x23,5 cm, brochado c/sobrecapa), ISBN 978-989-626-124-5, 2008
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«[O relato] de Shlomo Venezia é particularmente perturbante, visto que é o único testemunho completo que temos de um sobrevivente dos Sonderkommandos. A partir de agora, sabemos, com precisão, como foram condenados a cumprir a horrível tarefa, a pior de todas: ajudar os deportados escolhidos para morrer a despirem-se e a entrarem nas câmaras de gás, depois levar todos os cadáveres, corpos misturados que se tinham debatido, para os fornos crematórios.» Simone Veil (Prefácio).
Oriundo da comunidade judaica italiana de Salonica, Shlomo Venezia foi deportado para Auschwitz-Birkenau aos 21 anos e incorporado no Sonderkommando. Um «comando especial» constituído por prisioneiros judeus e encarregado pela SS de esvaziar as câmaras de gás e queimar os corpos das vítimas. Uma unidade indispensável para a máquina de morte nazi. Shlomo Venezia recorda, com a coragem de quem luta contra o esquecimento, os comboios da morte, as regras dos campos de concentração, os trabalhos nas câmaras de gás, os cheiros, os corpos imundos, as caras de horror e o sofrimento por que passou. O autor, apesar de os elementos do Sonderkommando serem também eles exterminados ao fim de algum tempo de trabalho, sobreviveu ao campo da morte e deixa-nos um testemunho único e arrepiante. Um apelo à reflexão, a que o leitor não vai ficar indiferente.
Biografia:
Shlomo Venezia nasceu em Salonica, na Grécia, a 29 de Dezembro de 1923, no seio de uma família judaica, A 11 de Abril de 1944 Shlomo e a sua família chegaram ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde Shlomo integrou o Sonderkommando. O Autor dedica-se, actualmente, a dar a conhecer ao mundo p que foi o horror do holocausto.
Béatrice Prasquier é jornalista e entre 3 de Abril e 21 de maio de 2006 realizou uma série de entrevistas a Shlomo Venezia.
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  • O autor é um sobrevivente dos campos da morte.
  • O livro é um documento histórico indispensável, para conhecermos melhor um período terrível da história.
  • Relato surpreendente da vida nos campos de concentração e do trabalho nas câmaras de gás.
  • Prefácio de Simone Veil.
  • Da mesma colecção: Judeus em Portugal Durante a Segunda Guerra Mundial